Excesso de gordura prejudica o cérebro e pode provocar doenças

Consumo excessivo destrói os neurônios e faz a pessoa querer comer mais. Além disso, o excesso causa problemas cardiovasculares e nas artérias.

Todo mundo sabe que comer um sanduíche com mortadela, salsicha ou linguiça é uma delícia. Mas é preciso cuidado porque esses alimentos são gordurosos e, se consumidos em excesso, podem causar problemas para a saúde.

Além disso, pesquisas mostram que o consumo excessivo da gordura saturada de origem animal provoca uma inflamação no hipotálamo, a região do cérebro que controla a fome e a saciedade. Isso destrói os neurônios e a pessoa não se sente mais saciada e come mais.

Além disso, esse excesso provoca também um “estresse” metabólico das células, que ficam desorganizadas.

Por isso, a gordura deixa de ser depositada apenas nas células adiposas e começa a se instalar também em alguns órgãos, como o fígado e o pâncreas.

Outro problema do consumo de alimentos gordurosos é a digestão, que é mais lenta, ou seja, a gordura demora mais para ser eliminada do estômago.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde os anos 70, o brasileiro vem mudando sua alimentação com dietas que não atendem às necessidades nutricionais do organismo.

O consumo de refrigerante, refeições prontas, misturas industrializadas cresceu, assim como o de alimentos embutidos, como a salsicha, frios e linguiças – aumentou em 300%.

A nutricionista Ana Maria Lottenberg recomenda que a gordura represente apenas 30% da alimentação para uma dieta balanceada.

Desses 30%, apenas 7% deve ser gordura saturada. Grande parte deve ser de gordura de origem vegetal, que é a menos prejudicial. Por isso, saber qual a quantidade de cada alimento ajuda a se manter dentro da dieta saudável.

Em uma fatia de mortadela de 50 gramas, por exemplo, tem 12,5 gramas de gordura total, sendo 5 delas de gordura saturada. Ou seja, 25% desse alimento é gordura. Já uma salsicha, também de 50 gramas, possui 13 gramas de gordura, sendo 4 delas de gordura saturada, o que dá 26% de gordura.

Saber escolher o tipo da linguiça também pode ajudar na dieta. Por exemplo, 50 gramas da linguiça toscana tem 9 gramas de gordura, sendo 4 delas saturada. Isso significa 18% de gordura no alimento, um percentual menor do que os outros. Mas, se você preferir a linguiça portuguesa, esse percentual aumenta para 32% e isso já é um número preocupante.

Todos esses alimentos são carnes processadas, que não têm ferro e têm poucas vitaminas. Elas têm muito sal, conservantes e gordura e, por isso, não devem ser consumidas com frequência.

E é importante lembrar também que, durante um dia inteiro, uma pessoa irá ingerir outras gorduras que, somadas à mortadela, por exemplo, ultrapassarão o consumo recomendado.

O modo de preparo também pode interferir nas características do alimento. Por exemplo, a linguiça ganha entre 5 e 8 gramas de gordura se for frita, o que corresponde a mais ou menos 50 calorias a mais na alimentação. A dica é prepará-la no forno, assada, sem usar óleo ou refogá-la com tomate ou cebola e, se quiser, usar um fio de óleo.

Para a nutricionista Ana Maria Lottenberg, a gordura trans, que também se chama gordura vegetal hidrogenada, é a mais prejudicial à saúde. Esse tipo de gordura aumenta o colesterol total e o colesterol “ruim”. Em longo prazo, as consequências disso aparecem e podem surgir doenças como infarto e derrame cerebral.

Mas a gordura trans ajuda a melhorar a consistência e aumentar a vida de prateleira de alguns produtos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que todos os alimentos tragam em sua embalagem a quantidade de gordura trans presente nas fórmulas.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/08/excesso-de-gordura-prejudica-o-cerebro-e-pode-provocar-doencas.html
Foto de Oliver Sjöström no Pexels

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