EXERCÍCIO É REMÉDIO (Parte 01)

Quando o assunto é atividade física, o primeiro benefício que vem à cabeça de muitos é a perda de peso. Mas, na verdade, ter uma vida ativa é capaz de proporcionar muito mais do que um corpo esbelto —inclusive, a boa alimentação é muito mais importante para conseguir isso do que o treino.

Exercícios físicos atuam como um remédio universal e barato: a prática promove saúde física e mental prevenindo e, muitas vezes, até tratando diversas doenças crônicas, além de ajudar a viver uma vida mais longa e com mais qualidade.

A seguir, explicamos — com a ajuda de especialistas e da ciência — por que mover o corpo é a solução para muitos problemas de saúde.

 

Quais doenças o exercício pode prevenir?

 

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a atividade física regular é fundamental para prevenir e controlar doenças cardiovasculares (como infarto, AVC e pressão alta), diabetes tipo 2 e diferentes tipos de câncer, além de contribuir para amenizar sintomas de depressão e ansiedade, reduzir o declínio cognitivo e melhorar a memória. Estudos apontam que a prática também ajuda a inibir quadros comuns no envelhecimento, como a osteoporose e a sarcopenia.

Um dos motivos para tantos efeitos positivos é o poder de combater o sobrepeso, que está relacionado ao surgimento de diferentes comorbidades.

Para o câncer, por exemplo, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) explica que a obesidade provoca alterações hormonais e mantém o corpo em um estado inflamatório crônico, estimulando a proliferação celular.

Além disso, modalidades diversas, como natação, corrida, musculação, dança, pilates e outras, promovem a melhora da circulação sanguínea, o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduzem o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalecem o coração, os músculos, os ossos e o sistema imunológico.

Recentemente, uma pesquisa norte-americana sugeriu que o exercício pode, inclusive, evitar o desenvolvimento da SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), caracterizada pela falta de ar, respiração rápida, tosse, fraqueza muscular e uma das complicações mais graves causadas pela covid-19.

De acordo com a análise, a prática de exercícios físicos eleva a produção da enzima superóxido dismutase (EcSOD), produzida pelos músculos e associada à proteção do sistema cardiorrespiratório.

 

Quanta atividade física preciso para colher benefícios?

 

300 MINUTOS

Esse é o tempo de exercício moderado por semana que a OMS recomenda para garantir saúde. Aqui, não conta só o treino. Movimentos do dia a dia, como subir escadas e caminhar para ir até a padaria, também contribuem para você atingir essa meta.

 

OU 150 MINUTOS

De atividade física intensa (corrida, bike, treino funcional, musculação etc.) por semana, quando não tiver contraindicação. A recomendação também é da OMS.

 

Atividade física também pode ser tratamento

 

Ao realizar modalidades que envolvem ganho de massa magra (musculação, funcional, crossfit, pilates etc.) é possível controlar, por exemplo, o diabetes tipo 2, já que os músculos causam maior sensibilização das células à insulina. Atividades aeróbicas (natação, corrida, bike) também ajudam no quadro por reduzirem o nível de açúcar no sangue.

Já quem tem pressão alta se beneficia pela circulação mais eficiente do sangue causada quando praticamos exercícios regularmente. Portanto, o exercício pode ajudar quem tem hipertensão e/ou diabetes a reduzir a dose de remédios ou, para alguns, até dispensar as drogas.

Mesmo no tratamento de doenças agressivas, como o câncer, o exercício geralmente é benéfico (e deve ser indicado de acordo com o quadro específico de cada paciente). Uma das razões é a liberação de proteínas com função anti-inflamatória gerada pela contração muscular durante o esforço físico. Elas atuam em vários órgãos do corpo, colaborando com a prevenção e o tratamento de tumores.

Para esses pacientes, manter uma vida ativa pode, inclusive, ajudar a combater efeitos adversos de quimioterapia e radioterapia, que costumam causar fadiga, perda de massa muscular e, para alguns, ansiedade e sintomas depressivos. É importante ressaltar que, ainda que manter uma vida ativa ajude a combater e controlar doenças, o uso de medicamentos e outras terapias não deve ser interrompido sem ordem médica.

O problema, explica Fabrício Buzatto, médico do esporte e fisiatra do Hospital das Clínicas da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), é que nem todos os profissionais de saúde têm esse conhecimento.

 

“Na faculdade, nós, médicos, não temos nenhuma formação sobre isso. Aprendemos a prescrever medicamentos, mas não exercícios ou como convencer alguém de que a atividade física é essencial.”

 

Por isso, fale com quem é especialista em atividade física, fale com a equipe Companhia Forma. Teremos prazer em orientar o que é melhor para seu caso… Agende uma visita!

 

FONTE: https://www.uol.com.br/vivabem/reportagens-especiais
Foto de Andrea Piacquadio: https://www.pexels.com

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