Suar a camisa é essencial na prevenção e no controle de fatores que levam às complicações do coronavírus. Saiba por que e como se exercitar com segurança.
Grupos de risco. Seis meses após o novo coronavírus ter dominado o noticiário e nossa rotina, você já deve ter alguma familiaridade com esse termo. No caso da Covid-19, estamos falando das pessoas mais velhas ou com alguma doença crônica como obesidade, hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e respiratórios, entre outros. Em comum, quando elas são infectadas pelo vírus, seu organismo não consegue combatê-lo com tanta eficiência e, aí, os sintomas e as reações indesejadas pioram.
Mas, antes que você pense algo como “Ah, eu me cuido e não faço parte desse grupo”, tenha em mente que mais da metade dos adultos brasileiros (86 milhões de cidadãos) apresenta ao menos um dos fatores de risco para uma evolução grave da Covid-19.
Nesse mundo de gente, muitos nem sequer sabem que possuem um problema crônico — tem desde quem encare o excesso de peso como algo sem relação com a saúde até quem não desconfie da pressão ou da glicose elevadas porque elas são silenciosas. Mas estar ciente dessas questões, e ajustar o dia a dia para administrá-las, faz diferença até diante do coronavírus. Boa parte das complicações seria evitada se doenças prévias estivessem sob controle.
E uma das formas mais simples, eficazes e, por que não, prazerosas de prevenir ou domar tais condições é mexer o corpo. “Temos observado que indivíduos mais ativos se recuperam mais rapidamente da Covid-19 que os sedentários. Hoje é obrigação do médico recomendar fortemente exercícios para o controle das doenças crônicas”, afirma o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb.
A lista de benefícios da prática regular de atividade física é extensa e tem bônus na pandemia. “Quando nos exercitamos, o corpo produz substâncias anti-inflamatórias, e isso é crucial se levarmos em conta que pacientes graves de Covid-19 desenvolvem um processo inflamatório intenso”, explica Antônio Lancha Jr.
Botar o esqueleto em movimento não só ajuda a equilibrar a imunidade como trabalha o diafragma e os músculos intercostais, importantes ao sistema respiratório e na recuperação de um eventual ataque do do coronavírus.
Se você já praticava alguma atividade, siga com ela, fazendo as adaptações necessárias. Caso contrário, ainda mais na presença de um problema de saúde crônico, consulte o médico antes dos primeiros passos e conte com um educador físico para orientar os treinos. Esse cuidado é bem-vindo para malhar respeitando suas particularidades e seus limites.
Falando neles, os especialistas não recomendam querer superá-los agora. Enquanto exercícios moderados melhoram nossa resistência a vírus e bactérias, treinos muito intensos podem comprometer o sistema imune — e o momento já não é dos melhores para isso.
Ao longo da reportagem, indicamos alguns caminhos para você controlar os principais fatores de risco da Covid-19 com a ajuda da atividade física e respondemos às dúvidas mais comuns de quem já está se mexendo ou pretende começar já…
Leia mais em: https://saude.abril.com.br/fitness/mexa-se-para-se-proteger-da-covid-19/
Foto de Anna Shvets no Pexels
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