Exercícios físicos, imunidade e o combate à Covid-19

Atividade física moderada aumenta a imunidade, ajudando no combate ao coronavírus. Já treinos intensos… Nunca se falou tanto em imunidade. Com a pandemia do coronavírus, a preocupação das pessoas em melhorar a performance do seu sistema imune aumentou significativamente. Mas será que tem como realmente deixá-lo mais forte? Não há dúvidas de que os exercícios físicos têm relação direta com a imunidade. No entanto, o que pouca gente sabe é que eles podem nos proteger ou, na contramão, nos deixar ainda mais suscetíveis a certas enfermidades. Isso porque práticas exageradas podem interferir nas barreiras de proteção do organismo e provocar o efeito contrário. Com o avançar da idade, a imunidade sofre declínio de suas funções: fica menos ativa para a defesa e mais ativa para o desenvolvimento de processos inflamatórios, que podem desencadear doenças como diabetes tipo 2, depressão e problemas cardiovasculares. Tudo acontece devido à presença das citocinas, substâncias que podem agir a favor de um mecanismo pró-inflamatório ou desencadear uma resposta anti-inflamatória. O exercício regular, e sem excessos, interfere nesse balanço, resultando em vantagens para o organismo. As práticas físicas não melhoram apenas a imunidade ao longo da vida, mas também o fazem de forma pontual. Basta uma sessão de exercício para que ela fique mais aguçada em até aproximadamente duas ou três horas após o término da atividade. Para ter ideia da relevância do tema, estudiosos já traçaram uma correlação entre exercícios físicos e a proteção ao novo coronavírus. Pesquisadores relatam, após analisar pacientes com Covid-19, que treinos aeróbicos contribuem para fortalecer a imunidade em geral e o sistema respiratório, podendo minimizar a morbidade e mortalidade decorrentes do vírus. Cabe destacar que práticas como correr, nadar e pedalar aumentam a imunidade especificamente no aparelho respiratório, o principal alvo do coronavírus. Principalmente para os iniciantes, o ideal é caminhar ou correr sem ficar ofegante. Se achar que está difícil conversar enquanto faz o exercício, é porque já passou do limite. Por isso, cautela. Vejo muitos sedentários, sem preparo, comendo mal, ansiosos pelo confinamento, que começam a seguir maratonas online, com um ritmo acima do que podem aguentar. Isso é capaz de ocasionar uma disfunção no sistema imune, propiciando um quadro inflamatório e ampliando o risco de infecções. Existem muitos treinamentos de efeitos supostamente rápidos, mas pouca fisiologia aplicada a esses treinos. Por isso, não tente recuperar o tempo perdido. Evite treinos longos. Melhor fazer de 30 minutos diários a 60 minutos três vezes por semana. Independentemente do tipo de exercício, fracione a sessão em períodos mais curtos duas vezes ao dia, como 15 minutos pela manhã e 15 minutos à noite, se possível. Havendo desconforto com a máscara, como tontura e aceleração da respiração, reduza a intensidade e aumente o tempo de intervalo dos exercícios. Já para quem treina e quer intensificar o ritmo, pode até aderir a um treino vigoroso, mas não todos os dias. Isso porque nessa intensidade acelerada e constante também há reflexos imunológicos: pode diminuir a fração de células de defesa chamadas neutrófilos, a primeira barreira que o vírus encontra ao entrar no corpo. Então, continuem se mexendo e se cuidando. O vírus ainda circula e, acima de tudo, precisamos estar bem e fortes. Venha para a Companhia Forma! A gente prepara um treino personalizado para você. Por Fabio Ceschini, profissional de educação física*https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/exercicios-fisicos-imunidade-e-o-combate-a-covid-19/Leia mais em: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/exercicios-fisicos-imunidade-e-o-combate-a-covid-19/ Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

Coronavírus: os 4 pilares para manter a imunidade em dia

Responsável pelas defesas naturais do nosso organismo, o sistema imunológico virou o centro das atenções em tempos de coronavírus. Isso porque, como ainda não temos medicamentos ou vacinas para nos proteger desse novo vírus, combatê-lo depende inicialmente da capacidade de resposta de cada indivíduo à doença, conhecida como covid-19. Sendo assim, mesmo que não impeça ninguém de contrair a doença, ter uma imunidade em dia é vital para ajudar na luta contra a infecção e na recuperação do doente, dizem especialistas. Segundo eles, são quatro os pilares de uma “boa imunidade”: praticar exercícios físicos regularmente, reduzir o estresse, dormir bem e ter uma alimentação balanceada. Importância dos quatro pilares Por que esses quatro pilares são tão importantes? Cada um deles tem um impacto diferente no funcionamento do sistema imunológico. Mas, para isso, é preciso entender o que é o sistema imunológico e como ele funciona. Em linhas gerais, ele é um conjunto complexo de células, tecidos, órgãos e moléculas que cumprem funções específicas em uma resposta coordenada para neutralizar vírus, bactérias, fungos e parasitas — antes que sejam fatais. Diante de uma nova ameaça, o corpo tem de partir do zero e construir as defesas necessárias. Mas, no caso de um vírus, este processo costuma ser mais demorado do que a velocidade com que este tipo de microrganismo se multiplica e infecta células. “É uma corrida, em que o adversário avança mais rápido do que o sistema imunológico é capaz de desenvolver mecanismos de ação para combatê-lo”, afirma o imunologista Renato Astray, pesquisador do Instituto Butantan. Isso não significa, no entanto, que a batalha esteja perdida. O sistema imunológico encontra com o tempo formas de acabar com a ameaça, como vem ocorrendo nesta epidemia de coronavírus. Como nossa imunidade é afetada Sendo assim, quando dormimos pouco ou nos alimentamos mal, isso afeta o funcionamento de nosso sistema imunológico de diferentes maneiras. O mesmo ocorre quando deixamos de praticar atividades físicas ou sofremos estresse. “Todos esses pilares são importantes, mas destaco a necessidade de dormimos bem. É durante o sono que temos maior produção de células de defesa pela medula óssea. Estudos mostram que dormir menos de cinco horas por noite aumenta em quatro vezes a chance de desenvolver infecções respiratórias, como gripes e resfriados”, diz. “Portanto, se você não está dormindo suficientemente, não está dando ao corpo a chance de se recuperar.” Já ao praticarmos atividade física de intensidade moderada, liberamos hormônios que ajudam a regular nosso sistema imunológico. Por outro lado, quando não nos estressamos, nosso corpo deixa de produzir substâncias que o prejudicam. Por fim, ao seguirmos uma dieta balanceada, ajudamos a fornecer energia para o bom funcionamento de nossas células de defesa. Então não fique parado nessa quarentena!!! Acompanhe as aulas que estamos preparando especialmente para você nas mídias sociais e mantenha seu sistema imunológico em dia. Veja a matéria completa em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-51937410 Foto de cottonbro no Pexels